Xylella fastidiosa

Com uma forte capacidade de induzir alterações muitas vezes letais na planta hospedeira, a Xylella fastidiosa é uma das bactérias mais perigosas que ataca culturas economicamente importantes em muitos países. De tal modo que em maio de 2019 a EFSA, a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar, reforçou os alertas em relação à propagação desta doença que está a devastar olivais em toda a Europa e para qual ainda não existe cura.

A Xylella fastidiosa é especialmente perigosa porque pode permanecer escondida durante períodos diferentes. Nas oliveiras, por exemplo, pode ser um ano ou mais. Por isso é fundamental apostar em investigação que permita controlar, mas também antecipar os surtos.

Em Portugal, o primeiro foco da doença foi registado em Vila Nova de Gaia apenas em janeiro de 2019, mas simulações feitas neste mesmo ano em computador (dados da EFSA) indicam que os países em maior risco são os do sul da Europa.

Detetada pela primeira vez na Europa em 2013, quando um surto surgiu em Apúlia, no sul da Itália, desde então a Xylella fastidiosa tem sido relatada na França (Córsega e Provença-Alpes-Costa Azul), Espanha (Baleares, Valência, Madrid), Itália central (Toscana) e Portugal (Porto).

A bactéria vive no tecido do xilema da planta e é geralmente espalhada por vetores de insetos que se alimentam do xilema da planta. Além da X. fastidiosa, as subespécies mais relatadas são a X. fastidiosa subsp. pauca, a X. fastidiosa subsp. multiplex e a X. fastidiosa subsp. sandyi.