O fungo Puccinia striiformis f. sp. tritici é o responsável pela ferrugem amarela do trigo, cujo nome se deve à cor amarela e à distribuição das urédias do fungo nas folhas, dispostas em longas estrias lineares e paralelas ao sentido das nervuras das folhas. Os sintomas da doença podem manifestar-se em qualquer fase de desenvolvimento das culturas, mas a coloração amarelada das folhas são os mais característicos.
Existem poucos estudos sobre a ocorrência, epidemiologia, danos e controle da ferrugem amarela, mas os poucos dados divulgados revelam que a doença causa perdas nas culturas de trigo que podem variar entre os 5 e 50%.
Com uma capacidade de propagação simples, os esporos da ferrugem-amarela-do-trigo espalham-se através do vento, ultrapassando facilmente fronteiras e alcançando outros países. Novas estirpes agressivas do fungo causador da ferrugem amarela têm surgido desde o virar do século, tendo atingido alguns países, incluindo Portugal em 2013 e 2014. Segundo dados divulgados pelo INIAV em 2015, a nova estirpe de ferrugem amarela (designada Warrior) que afetou nesses anos as culturas de trigo em Portugal “combinava um largo espectro de virulência que lhe permite atacar tanto o trigo mole como o trigo duro e o triticale”, um cereal híbrido, resultante do cruzamento do trigo com o centeio.
A introdução de genes resistentes nas plantas, a redução das fontes primárias de disseminação e a pulverização com fungicidas específicos são as medidas de controlo da doença atualmente disponíveis no mercado, mas têm-se revelado pouco eficazes.
De salientar que o trigo é a segunda maior cultura de cereais do mundo (a seguir ao milho) e um alimento básico, usado para fazer farinha e pão, na alimentação de animais e como ingrediente na produção de cerveja.