Causada pelo fungo Magnaporthe oryzae, a Piriculariose é uma das doenças mais comuns no arroz em todo o mundo e também em Portugal, afetando todas as bacias produtoras, desde o Mondego ao Tejo, Sorraia e Sado.
O ataque do Magnaporthe oryzae pode resultar em perdas na produção na ordem dos 50%, como sucedeu aos orizicultores do Tejo-Sorraia no ano 2018. No entanto, as perdas na produção são mais ou menos consideráveis dependendo da variedade de arroz e de fatores climáticos como a humidade e a temperatura. Em locais de cultivo onde prevalece uma humidade relativa do ar de 95% e uma temperatura média de 26°C/27°C, o risco de infeção e disseminação de esporos é alto.
A presença de Piriculariose é visível pelo aparecimento de manchas circulares ou elípticas, apresentando um centro acinzentado rodeado por bordos castanho- avermelhados, e pode manifestar-se em todas as partes aéreas da planta e em qualquer altura do seu processo de desenvolvimento, desde os estádios iniciais até à fase de grão leitoso.