No departamento de Novos Pesticidas dedicamo-nos ao desenvolvimento e/ou seleção de moléculas e à utilização de microorganismos (como bactérias e fungos) com atividades que permitam controlar doenças que atacam culturas mediterrânicas.
Muitas das substâncias ativas existentes no mercado e que são utilizadas pelos agricultores para combater pragas e doenças estão a ser descontinuadas. Devido aos seus níveis de toxicidade, ou ao seu espectro de atuação muito amplo, podem afetar insetos e outros organismos benéficos para o meio ambiente ou até mesmo para o ser humano. Para além disso, os agentes patogénicos têm estado a desenvolver resistência às soluções atualmente existentes no mercado.
A legislação está a retirar do mercado muitas das formulações capazes de controlar estas pragas e doenças que destroem as culturas. Acresce que surgiram novas pragas e doenças para as quais não existem soluções de controlo. A retirada de princípios ativos ocorre com mais incidência na Europa, mas começa também a acontecer nos Estados Unidos da América e noutros países.
Tendo em conta esta realidade, neste departamento temos como objetivo desenvolver novas soluções de base biológica, que genericamente se designam por biopesticidas. São soluções químico-biológicas, na medida em que são constituídas, sobretudo, por ácidos nucleicos (pequenos RNA de interferência) ou pequenas proteínas que podem ter a capacidade de inibir a interação entre os organismos patogénicos e as plantas que queremos proteger ou mesmo de inibir o crescimento desse organismo patogénico. Este tipo de moléculas não são tóxicas para o homem nem para outros animais; são específicas e com menos impacto no ambiente do que os agroquímicos de síntese atualmente existentes.