InnovPlantProtect comemorou 6.º aniversário na presença do ministro da Agricultura e Pescas

O InnovPlantProtect (InPP) celebrou o 6.° aniversário esta sexta-feira, dia 24 de janeiro de 2025, no Auditório do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) – Polo de Elvas, em Elvas, com a presença de 120 convidados.

A sessão comemorativa contou com a presença do ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, que veio acompanhado pelo secretário de Estado da Agricultura, João Moura, vice presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDR Alentejo) que tem a pasta da Agricultura, Roberto Grilo, e pelo Presidente do INIAV, IP, Nuno Canada. Presente na comemoração esteve também o vereador da Câmara Municipal (CM) de Elvas, em representação de José Rondão Almeida, presidente da CM de Elvas.

A sessão de boas-vindas ficou a cargo de António Saraiva, diretor executivo do InPP, que começou por agradecer a todos os convidados presentes, e em especial, ao INIAV, ao Município de Elvas e aos associados por todo o apoio prestado. O diretor executivo, que iniciou funções em dezembro do ano passado, parabenizou toda a equipa do InPP, aplaudida de pé por todos os convidados presentes na comemoração: “Hoje é o nosso dia. Fazemos seis anos!”.

Após dois meses no cargo de CEO, António Saraiva considerou o CoLAB um “verdadeiro caso de estudo”, com “competências de formação, de experiência e vivências profissionais e uma equipa de recursos humanos 100% dedicado que tem seduzido e retido talento de Norte ao Sul do país e também da Madeira, mas também do estrangeiro”. O InPP conta já com uma equipa internacional de 46 colaboradores, com 10 nacionalidades.

O InPP “tem funcionado como uma opção muito atrativa de trabalho altamente qualificado para os jovens da região e do Alentejo, (…) que trabalha para o benefício da competitividade da Agricultura”, sublinhou. “Estamos a contribuir para a modernização da Agricultura para que ela possa responder às necessidades dos seus profissionais e às expectativas da sociedade”.

António Saraiva, diretor executivo do InPP, durante a sessão de boas-vindas aos participantes no 6.º Aniversário do InPP

A marca InnovPlantProtect é já uma referência reconhecida em todo o país, em particular no setor da agricultura e, segundo António Saraiva “a importância do InPP vai muito para além da região do Alentejo”, recordando o conceito que esteve na base da sua criação: desenvolver um laboratório de I&D que fosse capaz de responder à falta de soluções fitossanitárias que os produtores agrícolas têm vindo a sentir, com foco nas culturas da região mediterrânica.

Ao longo de seis anos, o CoLAB tem desenvolvido produtos bioinspirados, tais como bioprotetores e bioestimulantes, bem como serviços laboratoriais e digitais “fornecidos a todos aqueles que nos procuram. Estamos a contribuir para dar resposta às necessidades do campo e das empresas do setor agrícola”, enfatizou. Atualmente, o InPP conta com mais de uma centena de parceiros e clientes, em projetos e colaborações, e em prestação de serviços de assistência técnica e científica.

Os sete pedidos de patentes nacionais e internacionais já produzidos pelo CoLAB para proteger as culturas contra várias doenças que as afetam a nível regional e nacional estiveram também em destaque na intervenção do diretor executivo. “Esperamos até ao final deste ano ter mais três pedidos de patente. É um processo moroso e muito intenso, mas vamos fazê-lo”, afirmou.

Outro dos pontos abordados pelo líder do CoLAB foi a visita do presidente da Agência Nacional de Inovação (ANI), António Grilo, no passado dia 20 de janeiro. O presidente da ANI “deixou uma nota positiva do excelente trabalho do InPP, materializado principalmente nos resultados obtidos com o registo de patentes, mas não conseguiu adiantar absolutamente nada sobre o modelo de financiamento pós 2025”.

O diretor executivo terminou a sua intervenção alertando o ministro para a necessidade dos CoLABs serem informados “atempadamente” em relação ao financiamento disponível pós 2025 “para que nos seja possível projetar a nossa atividade futura, e para que a equipa se possa focar naquilo que é essencial e não perca o seu foco”.

Após a sessão de boas-vindas teve lugar a sessão “Que inovação se produz no InPP?”, na qual dois diretores de departamento Cristina Azevedo e Ricardo Ramiro, deram a conhecer as suas equipas e deram exemplos de biopesticidas eficazes contra as doenças fogo bacteriano e piriculariose do arroz, de um biofungicida de largo espectro contra a podridão cinzenta no tomate, bem como do uso de drones e inteligência artificial para monitorizar pragas nas principais culturas agrícolas.

Uma das últimas novidades é a app iCountPests que permite não só reduzir o tempo investido na monitorização e criar um histórico das pragas, como também contribui para uma melhor gestão das pragas presentes no campo do agricultor, democratizando o acesso à tecnologia.

Da esquerda para direita: Cristina Azevedo, diretora do Departamento de Novos Biopesticidas; Ricardo Ramiro, diretor do Departamento de Gestão de Dados e Análise de Risco; João Moura, secretário de Estado da Agricultura; e José Manuel Fernandes, ministro da Agricultura e Pescas, durante a sessão “Que inovação se produz no InPP?”

A sessão de encerramento ficou a cargo do ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes. Às palavras ouvidas durante o discurso do diretor executivo do InPP, “empreendorismo e paixão”, o ministro da Agricultura e Pescas escolheu a palavra “ambição”, para dar o pontapé de saída na sessão de encerramento. “Temos de ter ambição de fazer acontecer, de arriscar, de não ter medo, de avançar”, acrescentou.

O ministro destacou a palavra ambição quando se referiu às sete patentes que estão em curso e salientou ainda o papel “absolutamente essencial” da investigação aplicada para criar impacto real no setor agrícola e nas comunidades locais, dando o exemplo da doença do fogo bacteriano que afeta pereiras e macieiras, “um desafio que temos de vencer” e para a qual a equipa do InPP já realizou o primeiro pedido de patente internacional.

Durante a sua intervenção, José Manuel Fernandes não só não esqueceu as “outras pragas e doenças” como referiu ainda que “as alterações climáticas, como todos sabemos, estão aí e temos de fazer um esforço colaborativo, procurando a partilha com aquilo que se faz em termos europeus.”

O ministro da Agricultura e Pescas felicitou a equipa do InPP “não só por todo o trabalho, mas por me terem permitido aqui estar convosco” e mostrou-se satisfeito por esta ser composta em grande parte por jovens, quando no setor agrícola a nível nacional a média de idades é das mais altas da União Europeia, de 64 anos, e “o que estamos a procurar fazer é a renovação geracional. Fico muito satisfeito quando só vejo jovens, e jovens em que se nota nos seus rostos, alegria, o que significa que esse brilho que se vê, é um sinal de esperança, de confiança, e com uma equipa multicultural, o que também só pode acrescentar.”

“Podem contar connosco, com o nosso apoio, mas também contamos convosco para a mudança daquela que é uma urgência, que é a mudança da perceção em relação à agricultura: uma agricultura que é cada vez mais moderna, uma agricultura que precisa de ser rejuvenescida, onde o rendimento do agricultor tem de ser melhorado e uma agricultura que é essencial para a nossa segurança alimentar, e para a nossa autonomia estratégica”, concluiu.

José Manuel Fernandes, ministro da Agricultura e Pescas, durante a sessão de encerramento do 6.º Aniversário do InPP

Equipa do InnovPlantProtect com o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, durante a sessão comemorativa do 6.º Aniversário do InPP.

A sessão prosseguiu com um beberete para os convidados, e no qual se cantou os parabéns ao InPP com bolo de aniversário.

O balanço do evento comemorativo foi positivo, tendo sido capaz de atrair a comunidade elvense, representantes de diversas empresas e produtores agrícolas, e a comunidade académica.

Após seis anos, o InPP promove a transferência de conhecimento, reforça a sua posição como um CoLAB capaz de fomentar o desenvolvimento de novas tecnologias, produtos e serviços com uma forte componente tecnológica e de inovação, e fortalece o seu compromisso de impulsionar soluções que façam a diferença para enfrentar os vários desafios da proteção das culturas agrícolas.

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