A partir do mês de setembro e até novembro, a equipa do projeto “AlViGen: Criação de polo no ALentejo para a VIgilância GENómica de doenças na agricultura” vai estar em campo para instalar armadilhas de esporos, conhecidas como capta-esporos, em olivais em Portalegre, Monforte, Elvas, Évora e Beja. As armadilhas permitem captar esporos das espécies de fungos que circulam no ar e, em particular, de diferentes estirpes do fungo Colletotrichum, responsável por causar a doença da gafa no olival.
O objetivo é identificar algumas características importantes deste agente patogénico, tais como a virulência e a resistência a fungicidas ou pesticidas.
No total, as armadilhas de esporos foram instaladas em oito olivais do Alentejo (Alto, Central e Baixo), região que é, a nível nacional, a principal produtora desta cultura, e na qual o fungo Colletotrichum tem tido particular impacto.
A equipa recolhará amostras com uma periodicidade quinzenal, durante 3 meses por ano, durante o ciclo produtivo da oliveira. A monitorização regular da diversidade de espécies de fungos que circulam sobre os olivais permitirá também detetar o aparecimento de novos fungos patógenicos.
O AlViGen, coordenado pelo InnovPlantProtect (InPP) em parceria com a Universidade de Évora (UÉ), foi um dos projetos-piloto inovadores selecionado no passado mês de outubro e financiado pela Fundação La Caixa, Banco BPI e Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), no âmbito da 4ª edição do Programa Promove. Este projeto permitirá ao InPP criar capacidade para detetar precocemente doenças de múltiplas culturas, através de métodos moleculares que permitem identificar características importantes dos agentes patogénicos, tais como virulência, variedades suscetíveis e resistência a fitofármacos, beneficiando produtores e autoridades governamentais.
Saiba mais informações sobre o projeto AlViGen na webpage do projeto aqui.
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