A empresa canadiana Medicago está a desenvolver uma tecnologia exclusiva para a produção de uma vacina para a COVID-19, usando plantas geneticamente modificadas em vez de ovos de galinha. A vacina poderá estar pronta em novembro de 2021, mas, antes de estar disponível ao público, terá de ter a aprovação da FDA-Food & Drug Administration.
Vinte dias depois de receber a sequência do genoma do coronavírus, a empresa farmacêutica Medicago, com sede no Canadá, está a usar plantas geneticamente modificadas para produzir uma vacina para o novo coronavírus.
Esperando enviá-la em breve para a FDA-Food & Drug Administration para aprovação, o CEO da empresa, Bruce Clark, garante que a Medicago poderá produzir até dez milhões de doses por mês. E se os obstáculos na regulamentação forem ultrapassados, a vacina poderá estar disponível em novembro do próximo ano.
A produção tradicional de vacinas requer o uso de uma grande quantidade de ovos. O processo funciona basicamente assim: o vírus é injetado nos ovos, onde se propaga. Mas o uso de ovos, além de dispendioso, leva muito tempo e está longe da perfeição. Por estas razões, em vez de ovos de galinha, os investigadores da Medicago estão a expressar em plantas um antigénio específico que induz a expressão de anticorpos contra o novo coronavírus nos seres humanos.
Esta é uma abordagem relativamente nova que conquistou muitos e importantes avanços na última década, consistindo na inserção de uma sequência de genes numa bactéria do solo (agrobacteruim) que é absorvida pelas plantas (neste caso, da família da planta do tabaco). A planta começa então a produzir a proteína que pode ser usada como vacina.
Se o vírus começar a sofrer mutações, como se espera, os investigadores poderão usar novas plantas para a produção e vacinas.
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