As doenças e as pragas são a maior ameaça para a agricultura. Causam custos económicos dramáticos e irrecuperáveis e colocam em risco a subsistência de agricultores em todo o mundo. Mas esse prejuízo poderia ser minimizado substancialmente com a aplicação das Novas Técnicas de Melhoramento Genético de Plantas, como a edição do genoma (CRISPR) – ou da tecnologia dos já “velhinhos” OGM.
Segundo um artigo publicado no Genetic Literacy Project, assinado pelo economista Steven Cerier, “só nos Estados Unidos o CRISPR e os OGM podem ajudar a evitar perdas na produção agrícola no valor de 220 mil milhões de dólares, por ano”, graças ao seu poder de tornar as plantas resistentes a pragas e a doenças, o mal maior da agricultura.
Cerier aponta como exemplo de doença altamente destruidora a ferrugem. Causada por fungos, a devastou o Caribe e a América Central e Latina entre 2012 e 2015, resultando numa perda estimada em mil milhões de dólares. Também causado por um fungo, o oídio levou o estado norte-americano da Califórnia a gastar 239 mil milhões de dólares só na produção de uvas para o combater. E no Uganda, diz o autor, os prejuízos económicos anuais por causa da mirra da banana serão da ordem dos 200 mil milhões de dólares a 295 mil milhões de dólares.
A gravidade do problema foi realçada pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, que estimou que “a cada ano, as doenças de plantas custam à economia global cerca de 220 mil milhões de dólares.”
Felizmente, inovações tecnológicas na área da genética de plantas, como as Novas Técnicas de Melhoramento Genético (NBTs), em particular as ferramentas de edição do genoma (como, por exemplo, o CRISPR), estão a ganhar terreno no controlo das pragas e doenças que afetam as culturas. Também métodos de produção já estabelecidos, como a transgénese, usada para desenvolver culturas geneticamente modificadas (OGM), continuam a dar provas da sua capacidade na proteção das culturas contra pragas e doenças de um modo mais sustentável, garantindo mais rendimento para os agricultores.
Como salienta o autor, nos países em desenvolvimento, proteger as culturas com essas tecnologias pode ser a diferença entre uma colheita lucrativa e a fome. Saiba porquê no Genetic Literacy Project.
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